Recrutadores no LinkedIn: O Que Médicos Formados Fora da UE Precisam Saber
- Janine Fortuna
- 14 de abr.
- 2 min de leitura
Você Foi Chamado para Trabalhar na Europa? Atenção aos Recrutadores Desinformados
As pegadinhas dos recrutadores no LinkedIn
Não é de hoje que recebo relatos — desde 2019, para ser exata — de médicos que foram, entre aspas, enganados por recrutadores. E por que eu uso essa palavra? Porque, infelizmente, muitos recrutadores desconhecem como funcionam os processos de reconhecimento e equivalência de diplomas para médicos formados fora da União Europeia.
Eles até dominam os trâmites dentro da UE, mas não compreendem as exigências específicas para quem: se formou fora da UE ,tem ou não passaporte europeu,tem ou não experiência anterior na Europa ou em países do Espaço Econômico Europeu (como Suíça, Noruega, Islândia).
O que acontece, na prática?
Recrutadores portugueses, por exemplo, muitas vezes buscam médicos brasileiros que estão em Portugal, oferecendo vagas para trabalhar na França. Mas esquecem (ou não sabem) que, na França, como em muitos países europeus, não é possível atuar como médico com autonomia se você não for especialista. Em alguns casos, é preciso até apresentar o título de especialista. Só o reconhecimento da graduação em Portugal não basta.
Já acompanhei diversos relatos de médicos que foram chamados por recrutadores, participaram de entrevistas e, só depois de muito tempo e expectativa, ouviram:
"Entramos em contato com os órgãos franceses e, infelizmente, seu processo não pode ser aceito."
Resultado?
Tempo perdido, frustração e desilusão.
Então, o que eu aconselho?
Antes de aceitar qualquer proposta, principalmente via LinkedIn:
Procure profissionais que tenham experiência real com médicos formados fora da União Europeia.
Verifique se a vaga realmente se aplica ao seu perfil e à sua situação legal e profissional.
Entenda que ter o diploma reconhecido não significa que ele se tornou automaticamente europeu.
As regras de mobilidade profissional dentro da União Europeia são claras — e estão acima das legislações nacionais. Só quem realmente estuda e vive esses processos pode te orientar com segurança.
Informação é tudo. Não se deixe enganar.
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