EDAIC, UEMS e outros boards europeus: o que realmente significam para médicos especialistas?
- Janine Fortuna
- 4 de mai.
- 1 min de leitura
Nos últimos anos, muitos médicos brasileiros formados fora da UE têm buscado certificações europeias como o EDAIC (European Diploma in Anaesthesiology and Intensive Care), EBU (Urologia), EBORL (Otorrino), entre outros diplomas emitidos por boards ligados à UEMS (Union Européenne des Médecins Spécialistes).
Esses exames são respeitados e exigem conhecimento teórico avançado. No entanto, é fundamental entender que esses boards não garantem automaticamente o direito de exercer a especialidade médica na Europa.
Por que o diploma não vale automaticamente?
Porque cada país europeu tem regras próprias para o reconhecimento de títulos médicos e diplomas estrangeiros.
Mesmo que você seja aprovado no EDAIC ou em qualquer outro board europeu:
Você ainda precisará reconhecer seu diploma de medicina no país onde deseja atuar (ex: EVC / CNG na França, Approbation na Alemanha, MEBEKO na Suíça).
Terá que comprovar a prática clínica supervisionada, com documentação válida e reconhecida;
E, na maioria dos casos, precisará passar por análise curricular e etapas adicionais para validar a especialidade.
O EDAIC ajuda?
Sim, mas ele não substitui a experiência prática no país e nem o reconhecimento formal da especialidade. Pode contar pontos em seleções ou facilitar entrevistas, mas não garante registro nem direito automático ao exercício profissional.
Eu, inclusive, parei de discutir com médicos que insistem que o processo é automático. Depois de muito alertar, percebi que a própria realidade acaba mostrando: eles tentam e recebem a resposta oficial dos órgãos — a negativa.
Se você pensa em exercer a medicina na Europa, não se deixe levar por promessas simplistas. Entre em contato para uma consultoria geral, onde poderei avaliar o seu caso com clareza e orientar sobre os caminhos reais possíveis.
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